O cantor sertanejo Gusttavo Lima disse ter a intenção de se candidatar à Presidência da República em 2026. Apesar de ainda não estar filiado a um partido, ele afirmou em entrevista ao portal Metrópoles, publicada nessa quinta-feira (2), que já começou a buscar diálogos com grupos políticos que compartilhem de seus objetivos. "O Brasil precisa de alternativas. Estou cansado de ver o povo passar necessidade sem poder fazer muito para ajudar", declarou.
Embora tenha anunciado apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em ocasiões anteriores, o artista afirmou que a possível candidatura não está vinculada à direita ou à esquerda. "Chega dessa história de direita e de esquerda. Não é sobre isso. É sobre fazer um gesto para o País, no sentido de colocar o meu conhecimento em benefício de um projeto para unir a população."
Ao jornal, ele se promoveu como empreendedor, que deixou a pobreza e alcançou a prosperidade, falou em desburocratizar o Estado e defendeu o agronegócio. "Conheço muita gente e, embora eu nunca tenha ocupado nenhum posto político, eu sou um empreendedor", afirmou. "Eu acho que posso ajudar, talvez mude de ideia até 2026, mas hoje a minha disposição está muito inclinada para me tornar um candidato à Presidência da República", frisou.
O sertanejo também disse que está "cansado de ver o povo passar necessidade" e que quer ajudar a população.
Nos últimos anos, Gusttavo Lima enfrentou investigações sobre contratos milionários com prefeituras. Shows programados em cidades como Conceição do Mato Dentro (MG) e Magé (RJ) foram alvo de apurações por suspeitas de desvio de finalidade de recursos públicos. No caso de Conceição do Mato Dentro, um show avaliado em R$ 1,2 milhão foi cancelado após suspeitas de que o pagamento utilizaria recursos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral, restritos a saúde, educação e infraestrutura.
Outra polêmica recai sobre acusações de lavagem de dinheiro por meio de apostas online, o que levou a uma ordem de prisão preventiva contra o artista em setembro de 2024, que acabou revogada antes de ser cumprida. O Ministério Público de Pernambuco emitiu em outubro um parecer em que afirma não ter encontrado provas de ilegalidade nas operações financeiras realizadas pelo cantor.
A reportagem do Estadão entrou em contato com a assessoria de imprensa do cantor, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.