A nimesulida, um dos medicamentos mais populares no Brasil, é amplamente utilizada para tratar dores, febre e inflamações. Sua eficácia e acessibilidade a tornaram uma escolha comum entre os brasileiros, com mais de 102 milhões de caixas vendidas em um único ano. No entanto, sua popularidade contrasta com a situação em países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Espanha e Irlanda, onde o medicamento foi proibido devido a preocupações com sua segurança.

O principal motivo para a proibição da nimesulida em várias partes do mundo está relacionado aos seus efeitos adversos, especialmente ao fígado. Estudos apontaram que o uso da substância pode causar hepatotoxicidade, levando a casos graves de insuficiência hepática. Mesmo em doses recomendadas, há relatos de danos significativos, incluindo necessidade de transplante de fígado.

Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) nunca aprovou a nimesulida devido às evidências científicas que demonstram seus riscos elevados. Na Europa, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) impôs restrições severas ao uso da substância, limitando sua prescrição a casos específicos e por períodos curtos.

Enquanto isso, no Brasil, a nimesulida continua sendo amplamente utilizada, levantando questões sobre a cultura da automedicação e a fiscalização de medicamentos. Especialistas alertam para o uso excessivo e indiscriminado do remédio, que pode agravar os riscos à saúde